segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Principais conceitos em Teoria da Comunicação:

Apesar da comunicação ser um ato praticado há milênios e de constituir o “processo social básico”, a este fenômeno só foram dedicados estudos no século XX, por conta do acentuado desenvolvimento dos meios de comunicação em massa: a imprensa já havia se consolidado, a literatura popular obtinha enorme aceitação e começava a se aperfeiçoar o cinema, o rádio e a propaganda.
Foram iniciadas pesquisas a respeito do efeito dos meios de comunicação, principalmente nos Estados Unidos, que possibilitaram a conceitualização dos fenômenos de comunicação.
Uma definição mais precisa destes fenômenos pode ser obtida através dos diferentes conceitos atribuídos à comunicação. O conceito etimológico (da origem da palavra), por exemplo, dá à comunicação o sentido de “comunidade”, de tornar uma idéia ou informação comum à todos, tornando o ato de comunicar sinônimo de participação. Já o conceito biológico, torna a comunicação uma necessidade básica para a sobrevivência e perpetuação da espécie. Além disso, por esta perspectiva, a comunicação é vista como uma atividade sensorial e nervosa pela qual se transmitem informações.
A partir da sociologia, pode-se considerar a comunicação um elemento desencadeador e delimitador da interação social. A antropologia encara a comunicação como instrumento formador de cultura. A psicologia, por sua vez, entende a comunicação como processo modelador de comportamento humano (na visão behaviorista). No âmbito da filosofia, três correntes formulam diferentes conceitos para comunicação: a transcendentalista, que assume uma postura metafísica, a partir da qual o conhecimento é adquirido aprioristicamente e a comunicação, passa a ser dotada de universilidade, isto é, torna-se um processo que pode ocorrer com e entre todos os seres humanos; a naturalista, para qual o ato de comunicar só é possível porque os sujeitos nele envolvidos têm estrutura física e intelectual análoga e se encontram numa realidade comum; e a marxista, que vê a comunicação como fator de evolução social, como elemento indispensável à cooperação e coexistência.
A atribuição de significados a signos é a base da comunicação e da linguagem. Por este motivo, considera-se a comunicação parte de um processo mais amplo, o processo de informação, que, por sua vez, é um aspecto do processo de organização (social, política, econômica, administrativa etc.).
Além disso, outros elementos interferem num processo de comunicação:
- Realidade ou situação – Contexto
- Interlocutores – Emissor/Receptor
- Conteúdo – Mensagem
- Conteúdo – Código
- Meios
A comunicação, também desempenha as seguintes funções:
- Identidade – dá forma à personalidade do individuo
- Expressiva – identifica e expressa idéias
- Informativa – permite o conhecimento do mundo objetivo
- Instrumental – satisfaz necessidades materiais e espirituais
- Regulatória – controla o comportamento
- Interacional – promove o relacionamento entre indivíduos
- Imaginativa etc.

Ressaltando ainda, que o processo de comunicação é multifacético – pode ocorrer em vários níveis ao mesmo tempo (consciente, inconsciente, subconsciente). A primeira forma organizada de comunicação, foi a linguagem oral seguida pela linguagem gestual. A transmissão da cultura através dos tempos foi possível pela utilização de outras linguagens (entendendo-se por linguagem o repertório de signos e as regras para combiná-los), como o desenho e a escrita. Na atualidade os meios de comunicação de massa, além de transmitir informações, preservam a memória cultural dos povos e possibilitam o surgimento de novas linguagens, tornando o processo de comunicação mais complexo. Complexidade que multiplica as possibilidades de estudo da comunicação, gerando modelos teóricos diferentes e até conflitantes.
Mas uma possível definição para a comunicação seria a seguinte: todo ato comunicacional é uma forma de recriação de uma dada realidade captada por aqueles que se comunicam, a partir de seus próprios conceitos e preconceitos. Quando o Emissor transmite alguma mensagem, uma informação, ele faz um recorte da realidade e recria esta realidade de acordo com seus princípios, o Receptor procede da mesma maneira, reelaborando os dados que recebe ou percebe, decodificando-os e reconstituindo-os com os referenciais de que dispõe.

Bibliografia:

BORDENAVE, Juan E. Diaz, O que é comunicação, São Paulo Brasiliense (Coleção primeiros passos, 67) 1982
MELO, José Marques de Comunicação Social: teoria e pesquisa, Petrópolis, Vozes, 1978
SANTOS, Roberto Elísio dos, Introdução à teoria da comunicação.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Texto de Revista - Tribos Urbanas


Tribo urbana é um grupo de jovens (na grande maioria das vezes) que se unem em um mesmo ideal, seja ele político, social, musical etc. Diz-se Urbana porque surgiu e se desenvolve mais nas grandes metrópoles. Porém podemos dizer que nos dias de hoje, isso acontece em todos os lugares do mundo e com mais freqüência. A diferença está no modo com que os integrantes das tribos se comportam em relação a elas em cada parte do mundo. Geralmente os que atuam na metrópole têm toda uma visão política da tribo que segue; já quem é do interior, por exemplo, se preocupa mais com a aparência ou o modo de vida desses grupos, ou seja, seguem o estilo que mais agrada, sem se preocupar muito com a filosofia ligada a esse grupo.

Segundo psicólogos e especialistas no assunto, a fase da adolescência é o momento em que o jovem constrói a sua própria identidade e começa a busca por seus próprios valores e, para isso, ele deixa de lado os valores, conceitos e modo de vida de seus pais que tinham desde a infância. Nessa fase da vida o jovem experimenta de tudo um pouco, até para poder se encontrar. Portanto, é um processo saudável para qualquer adolescente, desde que não ultrapasse os limites do bom senso. Pois os jovens de hoje, não tão raras vezes, transformam essa mudança de fase em um "jogo" perigoso e que pode lhes trazer graves conseqüências no futuro.

Infelizmente, hoje temos exemplos ruins de jovens que encaram a vontade de ser diferente de forma irresponsável, como é o caso de algumas pessoas que dizem pertencer à classe PUNK.

Na realidade, o movimento punk não é bem aquilo que vemos na TV. Essa tribo surgiu do pensamento: "faça você mesmo!", que foi a iniciativa de começarem a fabricar ou reparar suas próprias coisas, ao invés de comprar ou pagar por esse serviço. Desde então começaram a fazer tudo ao contrário do resto da sociedade, como uma necessidade de se mostrarem diferentes dos outros e indiferentes aos costumes e normas da sociedade. Por isso as roupas rasgadas, cabelos moicanos e pintados, piercings por toda parte do corpo etc. Foi uma forma de parecerem diferentes do resto da sociedade. Porém, uma pessoa pode ser punk e não se vestir como tal. Afinal, o punk é, na verdade, é uma ideologia de vida. Como também, uma pessoa pode se vestir como punk e não o ser verdadeiramente; não conhecer as regras, os objetivos etc.

Foi por meio desses "falsos punks" que surgiu toda essa violência que vemos hoje na mídia. Pois esses, não conhecem a verdadeira "causa" desse movimento, e saem por aí achando que podem enfrentar o mundo usando a violência. É o que vemos freqüentemente nos noticiários, casos de prostitutas, travestis e idosos sendo agredidos pelas ruas sem qualquer motivo, apenas para a "diversão" de pessoas inconseqüentes. Se é que tal atitude pode ser chamada assim.

Mas voltando ao lado bom de tudo isso, segundo a psicóloga e pesquisadora de moda Cristiane Mesquita (entrevistada pela VEJA), as tribos de um tempo pra cá passaram a se misturar, a não se isolarem tanto umas das outras. Isso diminui a rivalidade, aumenta o contato entre os jovens e proporciona a eles uma troca de experiências que, com certeza, só trará bons frutos. Afinal, a união faz a força!

Segundo uma pesquisa feita no Brasil, ainda pela revista VEJA, as seis tribos urbanas mais numerosas são: Ecléticos, Surfistas, Clubber, Roqueiros, Esportistas e os fãs de Hip Hop.

Bom, podemos citar as principais características de cada um:

Ecléticos- são aqueles que não se prendem a um só tipo de gosto musical, estilo, tipos de balada etc.; ou seja, é o tipo de pessoa que não vê mal algum em experimentar e gostar de vários estilos ao mesmo tempo, mesmo que eles sejam muito diferentes. São várias tribos em uma só. Há um trecho de uma música que define bem essa tribo: "Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo."

Surfistas- de modo geral, surfista é quem pratica o surf. Porém, hoje é considerado como um estilo de vida e também tem um estilo bem definido no modo de se vestir; e geralmente atrai mais os meninos. Estilo surf é aquele que se usam camisetas largas, bermudas longas e grandes (em número maior) para ficar abaixo da cintura e calças grandes e largas também. E o estilo musical quase sempre é rock brasileiro ou reggae.

Clubber- é um termo em inglês que se refere às pessoas que freqüentam danceterias. Destinada a jovens que gostam da vida noturna. O estilo clubber de se vestir é caracterizado pelas roupas coloridas, blusas com personagens de desenhos e, para as meninas, muitos acessórios como pulseiras, brincos, maquiagem; tudo bem extravagante e colorido. Inclusive os cabelos que, geralmente, variam de verde-limão a rosa - choque. Os estilos musicais são: Techno, Trip Hop, Jungle, Underground, Drum and Bass e Trance.

Roqueiros- Geralmente se vestem de preto e o que não pode faltar no visual do roqueiro é o básico e famoso All Star. E como não poderia deixar se ser, o estilo musical é o rock. Seja ele mais "leve" e romântico ou mais "pesado".

Esportistas- Normalmente não têm um estilo de se vestir ou estilo musical definidos. O que os caracteriza é a vida saudável que levam com uma boa alimentação e muito esporte. Um belo exemplo!

Hip Hop- Nasceu como uma forma de reação aos conflitos sociais e as violências sofridas pela classe social menos favorecidas da sociedade urbana. Caracteriza-se pelo canto do Rap, instrumentação de DJ´s, a dança Break e também a arte do grafite. O estilo de se vestir é sempre com roupas muito largas.

História da Imprensa no Brasil

Imprensa Escrita:


  • 1934 - Surgimento do primeiro sindicato de jornalistas no Brasil, em Juiz de Fora (MG)

O primeiro sindicato de jornalistas no Brasil foi fundado em 1934, na cidade de Juiz de Fora. Quatro anos depois, houve a primeira regulamentação da profissão. Conforme disposto no Ato Institucional nº5 de 13 de dezembro de 1968, o diploma de curso superior de Jornalismo é obrigatório para o exercício da profissão, por força de lei.

Hoje em dia existem muitos sindicatos espalhados pelo Brasil, e eles existem para preservar os direitos e deveres desses profissionais.


  • 1966 – Fundação da primeira agência de notícias no país, agência JB, do grupo jornal do Brasil.

Foi fundada no dia 6 de maio de 1966, e colocava a disposição de seus clientes um material jornalístico produzido pela equipe de jornalistas do Jornal do Brasil, do JB on-line e da própria Agência. Nos anos 90, também a primeira a instalar o serviço de notícias em tempo real do Brasil; que passou a disponibilizar edições diárias do Jornal do Brasil na internet, pelo JB on-line. E também os primeiros a disponibilizar fotos digitais com pré-visualização on-line.

Hoje a JB possui conteúdo em diversos formatos para jornais, revistas, rádios, publicidade, internet e intranets.


Rádio:

  • 1936 – Inauguração da Radio Nacional, do Rio de Janeiro. Primeira grande emissora brasileira, líder de audiência durante décadas.

Foi criada em 12 de setembro de 1936, e tornou-se um marco na história do rádio brasileiro. Em 1941, a Rádio Nacional apresentou a primeira radionovela do país, "Em busca da Felicidade" e, em 1942, inaugurou a primeira emissora de ondas curtas, fato que deu aos seus programas uma dimensão nacional. A rádio também contava com programas de humor como: “Balança mais não cai” que contava com Paulo Gracindo, Brandão Filho, Walter D’Ávila, entre outros.

Foi pioneira também no radiojornalismo quando, em 1941, durante a II Guerra Mundial, criou o Repórter Esso. Criado basicamente para noticiar a guerra sob o ponto de vista dos aliados, o Repórter Esso acabou criando um padrão inédito de qualidade no radiojornalismo brasileiro que, até então, limitava-se a ler no ar as notícias dos jornais impressos.

Atualmente, parte significativa do acervo da Rádio encontra-se no Museu da Imagem e do Som, do Rio de Janeiro. Trata-se da "Coleção Rádio Nacional".


Televisão:

  • 1990 – Inauguração da MTV Brasil (Music Television). Nove anos depois da criação da MTV norte-americana.

A MTV Brasil é a uma rede de televisão brasileira dedicada ao público jovem. É a versão local da MTV original americana. Nasceu no dia 20 de outubro de 1990, dedicada ao entretenimento e à música, e visando atingir um público mais jovem; tem cobertura nacional por parabólica, TV a cabo e em TV aberta em algumas regiões do país, sendo a primeira emissora de TV segmentada no país.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A melhor profissão do mundo - Gabriel Garcia Márquez

“Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderá persistir num ofício tão incompreensível e voraz, cuja obra se acaba depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não permite um instante de paz enquanto não se recomeça com mais ardor do que nunca no minuto seguinte’’.
Gabriel Garcia Márquez

A profissão de jornalista exige alguém que saiba trabalhar com as diferentes formas de captação e difusão da notícia. Dessa maneira, é dever do jornalista conceber a comunicação como algo amplo, que incorpore o receptor no processo de transmissão da mensagem, ou seja, ser jornalista, nos dias de hoje, é abrir canais para a interatividade.
O jornalista pode ter múltiplas funções – editor, redator, diagramador –, que vão ganhando novos nomes ou sendo substituídas à medida em que a tecnologia avança. Outro dia, li na internet que um site de notícias nos Estados Unidos chegou à conclusão de que um computador faz melhor e mais rápido o trabalho de um jornalista. A notícia (deve ter sido escrita por um computador) não dava muitos detalhes sobre como a coisa funciona. Porém, por mais eficientes que sejam os computadores, por enquanto ainda são ferramentas, e nada substituem a sensibilidade e o faro de um bom repórter.
Quem exerce de fato a função de jornalista, produzindo matérias informativas e não apenas agradando a “gregos”, tem um sabor a mais na vida: ser testemunha e protagonista da transformação evolutiva da humanidade, mesmo na sua menor proporção. Saboreando palavras e figuras, o jornalista consegue até sobreviver com certa dignidade, pois é consciente.
O jornalismo representa um poder social maior que o poder político, por isso a banda podre do poder o odeia. A imprensa séria é alvo das investidas autoritárias, dos equivocados pedantes, que tentam silenciá-la, dominá-la, comprá-la, pois o que mais dói aos canalhas é a espada da verdade. Quanto mais corrupto e profano for o poder político, mais ódio tem do jornalista e mais atração tem pela imprensa marrom, mercenária da indústria bajulatória ou difamatória. E quanto mais cega e carente for a sociedade, mais escrava será da política praticada pelo poder dominante corrupto, porém mais importante se torna o papel do jornalista.
O sacerdócio jornalístico deve refletir seu papel de formador de opinião e de defensor da sociedade. Pois é o jornalismo uma das últimas bandeiras capazes de manter a sociedade armada de informação e nutrida de cidadania contra a corrupção na política e em todos os setores da atividade humana.
Além de tudo, há uma discussão bastante reducionista, uma espécie de a favor ou contra a regulamentação profissional dos jornalistas. A regulamentação brasileira para o exercício do jornalismo é um avanço, não um retrocesso. Parece desejo da mídia acabar com jornalistas qualificados, em busca da bajuladora imprensa marrom, tornando a sociedade cada vez mais cega e carente de informações.
Aprender e exercer o jornalismo condiz com a prática diária de caráter, para todos que realmente levam essa como a melhor profissão do mundo.

A História do Rádio

Em 1896 Marconi já havia demonstrado o funcionamento de seus aparelhos de emissão e recepção de sinais na própria Inglaterra, quando percebeu a importância comercial da telegrafia. Sua brilhante criação transformou em prática a teoria de Heinrich Hertz, onde ondas magnéticas que vibrassem no ar poderiam gerar sons, o mundo sofreu profundas alterações de comportamento.
No Brasil foi oficialmente inaugurado em 7 de Setembro de 1922, com um transmissor de 500 watts, da Westinghouse, no alto do Corcovado - RJ, para 80 recepts. O primeiro programa foi o discurso do Presidente Epitácio Pessoa.
A Instalação de fato aconteceu aos 20 de Abril de 1923 com Roquete Pinto e Henry Morize com a "Rádio Sociedade do Rio de Janeiro". O discurso de abertura de Epitácio Pessoa foi transmitido para receptores instalados em Niterói, Petrópolis e São Paulo, através de uma antena instalada no Corcovado. No mesmo dia, à noite, a ópera O Guarani, de Carlos Gomes, foi transmitida do Teatro Municipal para alto-falantes instalados na exposição, assombrando a população ali presente. Era o começo da primeira estação de rádio do Brasil: a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Fundada por Edgar Roquette-Pinto, a emissora foi doada ao governo em 1936 e existe até hoje, mas com o nome de Rádio MEC.
Sua programação era para a elite, não para a massa: com ópera, recitais de poesia, concertos, palestras culturais. Pois os receptores eram caros e importados.
Assim usados com a finalidade cultural, educativa e altruísta. Cobrando mensalidades para quem tinha os receptores. Sendo assim os anúncios pagos eram proibidos.
Em 1 de março de 1932, Getúlio Vargas assino uma lei permitindo a publicidade em rádio.
Nos anos 40 acontece a "época de ouro do Rádio", programação mais popular com mais audiência. Surgindo assim o Ibope, em 13 de Maio 1942.
A primeira radio novela em 1942 chamava-se "Em busca da felicidade”. Os esportes no radio jornalismo surgiram com o Repórter Esso.
O contexto da primeira guerra mundial e a copa do mundo marcaram muito esta época do Rádio. O impacto do rádio sobre a sociedade brasileira nesta época, foi muito mais profundo do que aquele que a televisão viria a produzir 30 anos depois.
Em 1938 aconteceu a primeira transmissão esportiva em rede nacional, da Copa da França, por Leonardo Gagliano Neto, da Rádio Clube do Brasil, do Rio de Janeiro.
Com a chegada da TV na década de 50 os artistas do Rádio vão para a TV, troca-se os artistas e programas de humor por música, e as novelas e programas de auditório por serviços de utilidade pública.
Na radiodifusão tradicional (rádios AM e FM) a informação é transmitida na forma de sinais analógicos. A freqüência AM é altamente perceptível a diferença de qualidade entre os sistemas analógico e digital. Já na freqüência FM os benefícios mais perceptíveis estão relacionados à ausência de ruídos e interferências. Com o rádio digital os sinais de áudio são digitalizados antes de serem transmitidos, o que torna possível obter uma melhor qualidade de som e aumentar o número de estações. As rádios AM passariam a ter uma qualidade de som semelhante às rádio FM e as FM uma qualidade semelhantes aos CDs.

O que é Jornalismo?


Durante o período dos anos 1960 a 1980, a ditadura militar censurava todos os meios que o jornalismo encontrasse para expressar a opinião de movimentos revolucionários. Mas após uma longa guerra contra a censura, o jornalismo e a mídia em si se desenvolveram, mais tarde estabelecendo-se diante da opinião social como o quarto poder. Por isso, com ou sem diploma, pouco importa; a mídia deve ser vista como constante formadora de opiniões sempre, daí a necessidade de tamanha responsabilidade.
Mas é nítido que a queda da obrigatoriedade do diploma de jornalismo trouxe à tona a crise que o jornalismo vive desde que todas as pessoas puderam ser autoras das próprias notícias, e fatos não apurados. A “queda” do diploma oficializou o que desde muito antes já existia, pois essa ausência total de censura que a internet permite, aumentou a quantidade e a força dos jornalistas não diplomados, a “web 2.0” pode ser considerada uma “arma” que causou esse desfecho aos jornalistas diplomados.
O ex-empresário da área de tecnologia convertido em crítico cultural, Andrew Keen, critica sua própria invenção, ou o rumo que ela tomou no livro “O culto do amador”. Onde se pode concluir essa evolução mal encaminhada da web.
O mundo ficou muito mais rápido em termo de telecomunicações, e essa evolução tão rápida quanto à velocidade da luz não foi compatível com a preparação de toda uma sociedade para recebê-la. O crescimento tecnológico acaba por engolir suas próprias inovações em cerca de dias, ou meses, dando lugar a novas criações. Imaginem só o que não acontece com as opiniões da humanidade em meio a esse excesso de informações nem sempre verdadeiras a que somos a todo o momento expostos.
A impressão é de que a internet sempre esteve presente em nossas vidas, pois se tornou ferramenta essencial para aqueles que trabalham, estudam e até para o cotidiano das donas de casa que também se utilizam dessas facilidades para trocarem receitas, por exemplo.
O fato é que essa evolução sem freios da web, e consequentemente o despreparo educacional de uma sociedade para tanto e em tão pouco tempo, se transformou em um “monstro” para a comunicação, antes fornecida apenas por trabalhadores do conhecimento, jornalistas sérios, apaixonados pela vivência de uma redação, onde é apurado linha por linha de tudo o que é passado para seus leitores, com fontes de informação segura.
Hoje qualquer um pode transformar informações em notícia, e se classificar como um comunicador, o que não deixa de ser realmente um estilo de comunicação, mas com a diferença do compromisso levado a sério com a verdade. Esse excesso de informações, que chegou junto com a tecnologia da web 2.0, tornou-se a neurose do século, já que todos sentem a necessidade de se expressar e se tornarem parte da mídia, via, twiter, orkut, msn, myspace, facebook, blogs e outros meios.
Como lembra o jornalista Cláudio Julio Tognolli: “escrever sobre mídia sem trabalhar na mídia é colecionar selos, mas não mandar cartas”. Isso significa que todas as responsabilidades que formadores de opinião devem ter fazem parte uma missão que deveria ser exercida somente por profissionais que certamente terão de arcar com consequências, se o que transmitirem à sociedade não estiver do lado da verdade, da apuração e compromisso profissional. Ser jornalista é ter consciência do seu papel na sociedade.
A questão é que o jornalismo sempre soube lidar e sobreviver em meio às crises, já que vive de crises. Mas colocando em questão a parte que cabe a cada um de nós, será a sociedade capaz de selecionar o joio do trigo? Tendo em vista o mal que a informação sem limites pode causar e já causou na nossa sociedade hoje perdida entre verdades e mentiras, é arriscado dizer que sim.
Essa é a parte que cabe a cada um de nós. O compromisso de procurar fontes de informação e conhecimento que sejam, no mínimo, profissionais.